quarta-feira, 16 de julho de 2008

“Não tenhas medo de ser o primeiro a tomar uma iniciativa positiva,
uma flor no lodo pode não perfumar, mas mostrarás que a vida existe
até mesmo na adversidade.”


“Deus permitiu a existência das quedas d´agua para aprendermos
quanta força de trabalho e renovação podemos extrair de nossas próprias quedas.”


“A vida só pode ser compreendida olhando para trás,
mas pode ser vivida, olhando-se para frente.”

sábado, 5 de julho de 2008

Garoto das meias vermelhas

Ele era um garoto triste. Procurava estudar muito. Na hora do recreio ficava afastado dos colegas, como se estivesse procurando alguma coisa. Todos os outros meninos zombavam dele, por causa das suas meias vermelhas. Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só usava meias vermelhas. Ele falou, com simplicidade: "no ano passado, quando fiz aniversário, minha mãe me levou ao circo. Colocou em mim essas meias vermelhas. Eu reclamei. Comecei a chorar. Disse que todo mundo iria rir de mim, por causa das meias vermelhas. Mas ela disse que tinha um motivo muito forte para me colocar as meias vermelhas. Disse que se eu me perdesse, bastaria ela olhar para o chão e quando visse um menino de meias vermelhas, saberia que o filho era dela." "Ora", disseram os garotos. "mas você não está num circo. Por que não tira essas meias vermelhas e as joga fora?" O menino das meias vermelhas olhou para os próprios pés, talvez para disfarçar o olhar lacrimoso e explicou: "é que a minha mãe abandonou a nossa casa e foi embora. Por isso eu continuo usando essas meias vermelhas. Quando ela passar por mim, em qualquer lugar em que eu esteja, ela vai me encontrar e me levará com ela." Muitas almas existem, na Terra, solitárias e tristes, chorando um amor que se foi. Colocam meias vermelhas, na expectativa de que alguém as identifique, em meio à multidão, e as leve para a intimidade do próprio coração. São crianças, cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios, enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais. Lesadas em sua afetividade, vivem cada dia à espera do retorno dos amores, ou de alguém que lhes chegue e as aconchegue. Têm sede de carinho e fome de afeto. Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura. São idosos recolhidos a lares e asilos, às dezenas. Ficam sentados em suas cadeiras, tomando sol, as pernas estendidas, aguardando que alguém identifique as meias vermelhas. Aguardam gestos de carinho, atenções pequenas. Marcam no calendário, para não se perderem, a data da próxima visita, do aniversário, da festividade especial. Aguardam... São homens e mulheres que se levantam todos os dias, saem de casa, andam pelas ruas, sempre à espera de alguém que partiu, retorne. Que o filho que tomou o rumo do mundo e não mais escreveu, nem deu notícia alguma, volte ao lar. São namorados, noivos, esposos que viram o outro sair de casa, um dia, e esperam o retorno. Almas solitárias. Lesadas na afetividade. Carentes. Pense nisso! O amor, sem dúvida, é lei da vida. Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro. E nem pode aquilatar da qualidade das reações que virão daqueles que emurchecem aos poucos, na dor da afeição incompreendida. Todos devemos respeito uns aos outros. Somos responsáveis pelos que cativamos ou nos confiam seus corações. Se alguém estiver usando meias vermelhas, por nossa causa, pensemos se esse não é o momento de recompor o que se encontra destroçado, trabalhando a terra do nosso coração.
A maior de todas as artes é a arte de viver juntos.
Carlos Heitor Cony

Além das Aparências

Antônio, um pai de família, um certo dia, quando voltava do trabalho dirigindo num trânsito bastante pesado, deparou-se com um senhor que dirigia apressadamente vinha cortando todo o mundo e, quando se aproximou do carro de Antonio, deu-lhe uma tremenda fechada, já que precisavaatravessar para a outra pista.Naquela hora, a vontade de Antônio foi de xingá-lo e impedir sua passagem, mas logo pensou:- Coitado! Se ele está tão nervoso e apressado assim... Vai ver que está com um problema sério e precisando chegar logo ao seu destino.Pensando assim, foi diminuindo a marcha e o deixou passar.Chegando em casa, Antônio recebeu a notícia de que seu filho de três anos havia sofrido um grave acidente e fora levado ao hospital.Imediatamente seguiu para lá e, quando chegou, sua esposa veio ao seu encontro e o tranqüilizou dizendo:- Graças a Deus está tudo bem, pois o médico chegou a tempo para socorrer nosso filho. Ele já está fora de perigo.Antonio, aliviado, pediu que sua esposa o levasse até o médico para agradecê-lo.Qual não foi sua surpresa quando percebeu que o médico era aquele senhor apressado para o qual ele havia dado passagem!"

Procure ver as pessoas além das aparências".Imagine que por trás de uma atitude, existe uma história, um motivo que leva a pessoa a agir de determinada forma.
Pense nisso!
Autor Desconhecido

A Missão

Era uma vez o jovem que recebeu do rei a tarefa de levar uma mensagem e alguns diamantes a um outro rei de uma terra distante.
Recebeu também o melhor cavalo do reino para levá-lo na jornada..
- Cuida do mais importante e cumprirás a missão!
Disse o soberano ao se despedir.
Assim, o jovem preparou o seu alforje, escondeu a mensagem na bainha da calça e colocou as pedras numa bolsa de couro amarrada à cintura, sob as vestes.
Pela manhã, bem cedo, sumiu no horizonte.E não pensava sequer em falhar.Queria que todo o reino soubesse que era um nobre e valente rapaz, pronto para desposar a princesa.
Aliás, esse era o seu sonho e parecia que a princesa correspondia às suas esperanças.
Para cumprir rapidamente sua tarefa, por vezes deixava a estrada e pegava atalhos que sacrificavam sua montaria.
Assim, exigia o máximo do animal.Quando parava em uma estalagem, deixava o cavalo ao relento, não lhe aliviava da sela e nem da carga, tampouco se preocupava em dar-lhe de beber ou providenciar alguma ração.
- Assim, meu jovem, acabas perdendo o animal, disse alguém.
- Não me importo, respondeu ele. Tenho dinheiro. Se este morrer, compro outro. Nenhuma falta fará!Com o passar dos dias e sob tamanho esforço, o pobre animal não
suportando mais os maus-tratos, caiu morto na estrada.O jovem simplesmente o amaldiçoou e seguiu o caminho a pé. Acontece que nessa parte do país havia poucas fazendas e eram muito distantes uma das outras.Passadas algumas horas, ele se deu conta da falta que lhe fazia o animal. Estava exausto e sedento.Já havia deixado pelo caminho toda a tralha, com exceção das pedras, pois lembrava da recomendação do rei:"Cuida do mais importante!
"Seu passo se tornou curto e lento.As paradas, freqüentes e longas.Como sabia que poderia cair a qualquer momento e temendo ser assaltado, escondeu as pedras no salto de sua bota.Mais tarde, caiu exausto no pó da estrada, onde ficou desacordado.Para sua sorte, uma caravana de mercadores que seguia viagem para o seu reino, o encontrou e cuidou dele. Ao recobrar os sentidos, encontrou-se de volta em sua cidade. Imediatamente foi ter com o rei para contar o que havia acontecido e com a maior desfaçatez, colocou toda a culpa do insucesso nas costas do cavalo "fraco e doente" que recebera.* Porém, majestade, conforme me recomendaste, "cuida do maisimportante", aqui estão as pedras que me confiaste.Devolvo-as a ti. Não perdi uma sequer.O rei as recebeu de suas mãos com tristeza e o despediu, mostrando completa frieza diante de seus argumentos.Abatido, o jovem deixou o palácio arrasado.Em casa, ao tirar a roupa suja, encontrou na bainha da calça a mensagem do rei, que dizia:"Ao meu irmão, rei da terra do Norte!O jovem que te envio é candidato a casar com minha filha.Esta jornada é uma prova.Dei a ele alguns diamantes e um bom cavalo.Recomendei que cuidasse do mais importante.Faz-me, portanto, este grande favor e verifica o estado do cavalo.Se o animal estiver forte e viçoso, saberei que o jovem aprecia a fidelidade e força de quem o auxilia na jornada.Se porém, perder o animal e apenas guardar as pedras, não será um bom marido nem rei, pois terá olhos apenas para o tesouro do reino e não dará importância à rainha nem àqueles que o servem".

Comparo esta história com o homem que segue sua jornada, tão preocupado com seu exterior, isto é, seu corpo, que guarda como se fosse ouro, esquecendo de alimentar sua alma e espírito com o amor e com a Palavra de Deus.Certamente não cumprirá a missão, já que não sabe guardar o que é mais importante!

"O sabiá e a flauta de ouro"

Na casa de um grande tocador de flauta, numa linda manhã de
primavera, o sabiá cantava alegremente em sua gaiola.
A flauta, que estava em seu lindo estojo sobre uma mesa
próxima á gaiola, mordendo de inveja do sabiá,falou:
- Não percebes que teu cantar me aborrece?!
cantas sempre a mesma melodia...Nunca me ouviste
cantar? toco mil e uma melodias diferentes. E que melodias!..Além disso,
parece que nunca te olhastes no espelho. Tua plumagem é sem graça e sem valor.
Eu pelo contrário, sou uma flauta de ouro e meu valor é incalculavél.
O sabiá, sem perder a calma, falou:
-É bem verdade, tocas lindas melodias e teu valor é incalculável. Mas, sem o seu dono
não sabes tocar nem a mais simples das melodias.
A flauta voltou ao silêncio e nunca mais dirigiu a palavra ao sabiá.